segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Como não amar esse lugar?

Caminhamos pela Avenida 18 de Julio, compramos a camisa do Peñarol e procuramos a parada de ônibus para voltar ao nosso hotel. Perguntamos o valor da passagem a um senhor na parada a fim de facilitar o troco, pois muitos ônibus em Montevidéu não tem cobrador, você paga direto ao motorista. Ficamos na dúvida se seriam 22 ou 23 pesos, o que eu acreditava que era o valor certo. Entramos na frente dele, conseguimos um lugar para sentar. Ele passou por nós, rindo e comentando que
afinal o valor era o que eu achava, os 23 pesos mesmo e sentou um pouco mais atrás. Eu e Flávio ficamos conversando, sonhando um pouco com o dia interessante que estávamos vivendo. Pouco depois, esse senhor foi descer do ônibus e perguntou se éramos brasileiros. Uruguaios adoram brasileiros, é incrível! Esse gostou mesmo de nós, nos presenteou com um guia de Montevidéu, somente pela nossa troca de amabilidades e sorrisos. Para nós já não foi tão útil, estávamos nos despedindo da cidade, mas talvez para Carlos e Cláudia, talvez para a próxima vez...
De volta ao hotel, ainda caminhamos (pra variar) um pouco, apenas para nos refazermos da comilança e dos passeios do começo da tarde. Decidimos...andar mais! fomos até Pocitos e aproveitamos o fim de tarde pela Rambla de Montevidéu. Sempre muito bem cuidada, limpa, com suas praças e jardins agradáveis, sem falar no "mar" que é o Rio da Prata a nos acompanhar. Delícia!!!
De vez em quando algo inusitado aparece, seja um prédio diferente, como este com uma réplica da Vitória de Samotrácia na fachada, ou o encontro mais engraçado que tivemos.
Estávamos caminhando pela Rambla quando ouvimos uma buzina, coisa bem incomum em Montevidéu. Não valorizamos e continuamos nossa caminhada. Percebemos que o motorista abriu o vidro e ficou acenando para nós. Achamos que ele poderia estar falando com alguém que deveria estar ao nosso lado ou ele estava nos confundindo com outras pessoas, até que ele disse bem alto: "É o Cristian, do Mercado!". Nosso gentil garçom da Estancia del Puerto, que não sei como, nos reconheceu mesmo com outras roupas. Muito divertido, reconhecidos em Montevidéu...!
Já em Punta Carretas, encontramos na Rambla um bar/restaurante muito agradável, El Viejo y El Mar (Rambla Gandhi, 400, é a rua da saída do Shopping Punta Carretas). Como sou fã de Hemingway, gostei do nome e decidi entrar. É muito agradável, boa música, um ambiente interno que até lembra um barco e um externo, com  algumas cadeiras acopladas às mesas lembrando balanços. Tem um jardim muito bonito e um cheirinho de lavanda delicioso, pois há vários canteiros com flores lindas. Isso e o barulhinho das ondas de quebra. Nada como um bom tannat para acompanhar o clima de fim de tarde, que tal?
Sem esquecer que estávamos em pleno 31 de outubro, dia de Halloween, foi muito engraçado ver  lá do bar inúmeras crianças fantasiadas de bruxinhas e monstrinhos andando pelas ruas do bairro, pedindo gostosuras ou travessuras. Lembrei dos gibis da Luluzinha que lia quando criança. Elas foram depois ao shopping pedir doces ou "assustar" as pessoas nas lojas. Muito bonitinho!!! Só fiquei morrendo de pena das professoras...
A noite chegou e a hora de dizer até breve também. Para terminar o passeio fomos ao La Perdiz (Guipúzcoa, 350, Punta Carretas. Em frente à pracinha do Hotel Sheraton. ), muito recomendado por amigos e próximo de onde estávamos. Não tive uma excelente impressão... Acho que me acostumei mal com o excesso de simpatia e cortesia dos outros atendentes dos lugares que fomos, lá fomos apenas bem atendidos, com muito profissionalismo, mas nada demais.

Bom, o cardápio é muito completo, com comida para todos as preferências, muita variedade de bebidas. Não havíamos feito reserva, portanto, apesar de ser ainda bem cedo da noite, a parte interna estava lotada. Resolvemos ficar em uma mesa na calçada, curtindo o frio. Eles distribuem ponchos, para que ninguém fique desconfortável por estar no lado de fora. Interessante. Pedimos uma carne, excelente, por sinal, uma massa, também muito gostosa e um vinho para fechar a viagem. Saboreamos tudo com aquele gostinho de já quero mais...
De volta ao hotel, arrumamos a mala, descansamos um pouco e no dia seguinte rumamos para o aeroporto. Viagem perfeita, sem defeitos. Como não amar o Uruguai?





Nenhum comentário:

Postar um comentário