quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Vamos, mochileiros?

Tudo começou com o alerta do Smiles que as milhas iam expirar. O que fazer? Sem muito tempo para uma viagem maior e achando complicado reservar hotéis em destinos nacionais mais atraentes, começou a velha busca por um destino interessante na América do Sul. Diante dos lugares disponíveis no site, afinal só teríamos os dias entre o Natal e o Ano Novo, apareceu Santa Cruz de La Sierra. Mas... o que fazer lá???
Iniciamos a leitura pelos vários blogs com informações sobre a Bolívia. Das poucas pessoas que conhecemos só duas já haviam se aventurado e as notícias não eram muito animadoras. Minha maior preocupação era o que fazer com as crianças, já que só tínhamos os relatos sobre a qualidade da comida e da água dizendo que eram terríveis, a possibilidade de doenças e absolutamente ninguém para ressaltar pontos positivos. Parecia até que a Bolívia era apenas a passagem mais barata para o Peru ou o Chile ou o lugar que muitos brasileiros estudam Medicina...
Escrevi para o blog "Viaje na Viagem" do Ricardo Freire e aí chegou a primeira resposta animadora, um post de uma blogueira falando de um restaurante em Santa Cruz de la Sierra com um menu "kids friendly". Pelas fotos vi que o restaurante era bonito e interessante, o Tanta. Entrei no site do restaurante e descobri que era do chef peruano Gastón Acurio, o mesmo dos premiadíssimos Astrid y Gastón de Lima e Santiago, um dos cinquenta melhores do mundo. Mandei um e-mail para o restaurante tentando reservar uma mesa para o dia 25/12 e prontamente fui atendida. Bingo! Comecei a me animar um pouco, e como Flávio dizia, "não é possível que não exista nada de bom por lá!"
Definimos que Santa Cruz seria apenas nossa passagem, mas o que queríamos realmente estava em La Paz, ou melhor, nos arredores. A grande confusão tornou-se conseguir hotéis com quartos quádruplos, nosso grande problema quando viajamos, afinal ainda temos filhos pequenos. Encontramos excelentes custo-benefício em La Paz (Apart-hotel Camino Real) e em Santa Cruz (Hotel LP).
Compramos as mochilas (sim, não queira fazer o que fizemos com malas!), tomamos a vacina contra febre amarela (exigida, mas em nenhum momento foi solicitado o cartão de vacinação...), planejamos as roupas para não levarmos sobrepeso, afinal os meninos não poderiam carregar muito peso e aguardamos a hora de dizer: "Tá na hora da viagem! Vamos, mochileiros?"